focalização do relacionamento interior

"Tudo o que vive em nós é vivo, obedece a um fluxo que é próprio da vida. Seguir adiante com a vida é algo que fazemos sem pensar, sem esforço. Fomos desenhados desse modo. Temos uma programação interna que nos impulsiona para a mudança. "

A Focalização do relacionamento Interior ensina-nos a estar em contacto com aquilo que mais dói em nós. Quando uma parte de nós ainda permanece presa ao passado, significa que essa parte ainda vive no passado, que não seguiu adiante.

Tudo o que vive em nós é vivo, obedece a um fluxo que é próprio da vida. Seguir adiante com a vida é algo que fazemos sem pensar, sem esforço. Fomos desenhados desse modo. Temos uma programação interna que nos impulsiona para a mudança.

Quando este fluir com a vida não ocorre, significa que uma parte de nós ficou presa numa dor, que se revelou demasiado forte para a estrutura emocional do momento, ou que resultou de um evento  inesperado, ou vivido sem o suporte necessário, para que as emoções que daí advieram pudessem ser sentidas e integradas.

A Focalização do Relacionamento Interior traz-nos a possibilidade de resgatarmos cada uma destas partes e devolver-lhes a possibilidade de se juntarem ao ‘rio da vida’.

É com uma maior leveza que olhamos para a nossa história. É com menos dor que olhamos para as feridas que carregamos em nós.

É na relação com estas partes feridas, que conhecemos o próximo passo que cada uma delas precisa de experienciar, para que possa passar a ser cicatriz.

Toda a ferida passa a cicatriz, certo? Não há ferida nenhuma que com os devidos “Primeiros socorros” não cicatrize, certo? Então não há razão para que as feridas emocionais doam uma vida inteira, como se de feridas abertas se tratassem.

A focalização traz-nos esta forma única de abordar a dor emocional, com todo este cuidado e olhar amoroso.

Não podemos curar algo em nós, com o qual não fazemos contacto, com o qual não nos relacionamos.

Da mesma forma que é na relação que nos traumatizamos, também é na relação que nos curamos. Neste caso a cura vem quando aprendemos a relacionar-nos com todas as nossas partes.

Rute Maló